Bahia: Jerônimo diz ser contra detectores de metais em escolas da Bahia
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se mostrou contra as medidas mais radicais para segurança nas escolas, como a instalação de detectores de metais, como foi proposto por um deputado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). O governador deu as declarações nesta quarta-feira durante evento de instalação do Comitê Estadual Intersetorial de Segurança nas Escolas e Espaços Educacionais da Bahia (Cise).
“Não cabem detectores de metais, câmeras espalhadas e cercas elétricas. A escola não é lugar de polícia. [A escola] Precisa ser protegida nos seus arredores e não podemos fraquejar. Tem um movimento que quer esvaziar a escola e do lado de fora tem uma parte que está adoecida. Esse comitê vai tratar dessa emergência. É um sinal de que a sociedade está adoecida. Quem está pedindo socorro não é só a escola, é a sociedade brasileira”, disse Jerônimo à imprensa.
Jerônimo declarou ainda que as escolas não devem ser transformadas em um lugar de “ambiente policial”, como poderia ficar caracterizado com instalações de cercas elétricas e uso de detectores de metais. Ainda de acordo com o governador, existem correntes que querem “esvaziar as escolas”, bem como existe parte da sociedade “adoecida”. Destacou ainda que o momento é de prestar socorro.
“A chamada homeschooling, da gente esvaziar escola e levar a escola para dentro de casa… não é o momento de pensar nisso. Nós não vamos ilhar a escola como se fosse ‘protege a escola e está tudo resolvido’ porque nossos filhos, nossos estudantes, vão sair daquela porta daqui a pouco e do lado de fora a sociedade ou uma parte dela está adoecida. Ou a gente faz um tratamento geral da sociedade e precisaremos de uma ação policial, precisamos de uma ação de tratamento psicológico, saúde mental, acolhimento, de amor”, disse Jerônimo.
O governador reiterou que o momento também é de acolhimento das crianças, estudantes, familiares, enfatizando atividades lúdicas e culturais com o apoio dos professores e familiares de todos estudantes, para trazê-los cada vez mais próximos. “Queremos fazer um ato de abraço às nossas escolas. O abraçar não significa fazer um círculo ao redor, mas é fazer festivais de poesias, poemas, pedir para alguém contar a história daquela história, de um professor legal, um estudante bacana. (…) A gente ou cantava o hino antes de entrar na sala, ou um gesto de oração, acolhimento, seja quais forem os atos, escolas que recebem com violão, cantando músicas. A gente precisa iniciar uma cultura para que a recepção de professores, estudantes, familiares, seja de acolhimento.”
A tarde