Abel diz que árbitro foi terceiro adversário do Palmeiras em derrota: “Não estávamos à espera”

Abel Ferreira listou três “adversários” do Palmeiras na derrota para o Bolívar por 3 a 1, nesta quarta-feira, na estreia das equipes na Conmebol Libertadores: o próprio time boliviano, a altitude de mais de 3.600m em La Paz e a arbitragem.

O treinador questionou os critérios da equipe que apitou o jogo no estádio Hernando Silles. O primeiro cartão amarelo aplicado em Jailson, expulso mais adiante, e a entrada em Mayke não ter gerado uma outra expulsão ao Bolívar foram os principais pontos de crítica do treinador.

– É verdade que tivemos dificuldade, mas não foi só a altitude. Entramos muito bem no jogo, tínhamos uma estratégia muito bem traçada. Fizemos o primeiro gol, poderíamos ter feito o segundo antes de termos sofrido. Tivemos muitas oportunidades na primeira parte, depois cometemos erros que temos que corrigir. É muito difícil conseguirmos correr atrás de um adversário que está habituado a jogar aqui. Estávamos à espera de dois adversários: o Bolívar e a altitude. O terceiro não estávamos à espera.

– O árbitro foi tão rigoroso nos primeiros minutos, todas as faltas que meus jogadores faziam ele marcava. E foi isso que disse ao árbitro assistente. Foi tão rigoroso nos primeiros minutos que estava à espera que ia marcar mais, mas não teve o mesmo critério. Se estou na frente do Jailson, que não deu para ver se bateu na mão e mesmo assim deu vermelho, deveria ter feito isso no lance do Mayke. Peço que ele vá ver como está o pé do Mayke. Há vários fatores que justificam, um jogo de muitos acontecimentos aleatórios e houve demérito nosso. O adversário teve seu mérito, não teve nada a ver com o terceiro elemento, uma arbitragem tão ruim – disse Abel.

O técnico português, que se queixou de dores de cabeça desde a chegada em La Paz, também reclamou da altitude. E também sobre o jogo de estreia da Libertadores ter sido disputado entre as finais do Campeonato Paulista.

– Estava hoje no hotel e um hóspede estava a dizer como era possível vir jogar aqui com essa altitude. Não acham que é um sofrimento a mais? Não sou eu que organizo, infelizmente a Conmebol só lançou o calendário uma semana antes e tivemos que organizar essa viagem aos três pontapés. Eu preciso ficar calado, não posso dizer tudo aquilo que penso sobre a organização dos eventos. Há coisas que preciso aceitar como todos os outros fazem, sempre foi assim e vamos continuar assim.

Palmeiras retorna ao Brasil durante a madrugada. O elenco deve chegar e ficar hospedado na Academia de Futebol, onde realiza um treino na manhã desta quinta-feira. Os jogadores titulares, que ficaram no Brasil, seguem normalmente a preparação para o segundo e decisivo jogo da final do Paulistão, domingo, às 16h, no Allianz Parque. (GE)

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