Série B vende direitos de transmissão até 2026 para Brax; entenda o modelo de negócios

Clubes da Série B aceitaram por unanimidade, nesta quinta-feira, a proposta apresentada pela Brax pelos direitos de transmissão do campeonato. A empresa negocia direitos comerciais no futebol. O acordo terá quatro anos de duração e prevê o pagamento de R$ 10 milhões a cada um dos participantes em 2023.

A venda dos direitos foi intermediada pela CBF, que havia contratado a agência IMG para ir a mercado em busca de ofertas para a segunda divisão. A confederação desistiu de receber um percentual sobre o valor e, além disso, comprometeu-se a fazer um aporte financeiro. Caso a quantia arrecadada pela Brax não seja suficiente, a entidade cobre a diferença.

A chegada da Brax salvou a concorrência de fracasso que parecia iminente. Ofertas que haviam sido apresentadas por emissoras, entre elas a Globo, eram consideradas baixas. Mesmo com a composição de vários canais, o valor só chegaria a R$ 120 milhões por ano.

Os valores prometidos aos clubes no acordo com a Brax começam em R$ 210 milhões por temporada e são reajustados todos os anos. Esses números foram publicados pelo UOL e confirmados pelo ge.

  • 2023: R$ 210 milhões
  • 2024: R$ 231 milhões
  • 2025: R$ 254 milhões
  • 2026: R$ 279 milhões

Como funciona o negócio

A Brax ganhou espaço no futebol brasileiro recentemente, ao fechar com a federação do Rio de Janeiro, a Ferj, em negócio semelhante, para vender os direitos de transmissão do Campeonato Carioca.

No estadual e na Série B, a empresa garante aos clubes e à federação o pagamento de determinado valor pela compra dos direitos de transmissão. Ela assume o risco da operação e tenta recuperar o investimento no mercado – tanto com emissoras convencionais, quanto com patrocinadores, entre eles casas de apostas.

Por causa desse modelo de negócios, clubes da segunda divisão ainda não sabem quem fará a transmissão de seus jogos. A competição começará daqui a um mês, em 14 de abril.

Também é por causa desse modelo que a empresa exigiu a assinatura de um contrato com quatro anos de duração. Esse é o tempo que seus executivos julgam necessário para negociar com emissoras e patrocinadores, recuperar o investimento na compra dos direitos e lucrar (ge).

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