Novembro Azul: medicina nuclear pode auxiliar na prevenção e no tratamento do câncer de próstata
Ainda pouco conhecida pelos brasileiros, a medicina nuclear tem se tornado mais uma opção na prevenção e no tratamento do câncer de próstata. A especialidade oferece exames e tratamentos inovadores por meio de substâncias radioativas, conhecidas por radiofármacos. O diretor de ética e defesa profissional da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Dalton Anjos, explica que os exames são feitos através de PET scan e cintilografia óssea com a injeção de uma substância radioativa na veia do paciente que permite fazer uma avaliação do funcionamento dos órgãos e sistemas.
“Depois que essa substância radioativa é injetada na veia, ela se distribui pelo corpo através da corrente sanguínea e essa partícula radioativa se liga nos lugares onde o câncer de próstata está. Com isso a gente consegue fazer uma varredura do corpo inteiro e saber se o câncer de próstata se espalhou pelo corpo, se produziu metástases ou se ele estava apenas localizado ali na próstata ou na pelve”, destaca.
O médico acredita que essa técnica pode trazer melhores resultados e mais qualidade de vida para o paciente.
“A cura é muito difícil quando o câncer já está espalhado, quando ele é metastático. Mas o que a gente consegue é controlar a doença ou muitas vezes fazer com que ela reduza a ponto dela não ter mais nenhum sinal, tanto nos exames de imagem quanto nos exames bioquímicos”, relata.
Dalton Anjos ainda acrescenta que a vantagem da medicina nuclear é no sentido de conseguir respostas mais eficazes enquanto outros tratamentos, principalmente os que se baseiam no bloqueio hormonal, não funcionam.
“Acontece em pacientes que fazem o tratamento com o PCM e o TESIO e o PSA, que é o principal exame de sangue, que é o marcador bioquímico do câncer de próstata, ficar zerado, indetectável e os exames de imagem normalizarem”, relata.
Fonte: Brasil 61