CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO COMPLETA 25 ANOS

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) completa 25 anos no domingo (25jan23). O documento mudou o cenário no trânsito, colocando prioridades muito claras para pedestres, motoristas, ciclistas e motociclistas, ordenando o uso de vias e rodovias. Esta é a opinião do professor de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rômulo Orrico.

Ele elenca vários avanços a exemplo da criação da pontuação na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A legislação endureceu as penalidades e as multas para motoristas imprudentes e embriagados e ainda os obrigou a fazer curso antes de dirigir. “A regra é muito positiva”, opinou.

Para Rômulo Orrico, o CTB melhorou a segurança e deu margem, por exemplo, para que fosse criada a lei seca. Antes da obrigatoriedade do cinto de segurança, em 1989, apenas 2% a 4% das pessoas usavam o acessório corretamente. “Hoje, a gente estranha se alguém está sem cinto”, observou.

Ele disse que é preciso educar mais a população sobre as regras do trânsito e fazer avançar o cumprimento das leis. A grande maioria dos motociclistas, por exemplo, insiste em andar entre veículos nas ruas e rodovias. “É contra a lei. O CTB diz que – para um carro ultrapassar outro – é necessário deixar, no mínimo, um metro de afastamento lateral. Se uma motocicleta passa entre dois carros, ela não consegue botar um metro para cada lado. Isso é grave”, destaca.

Ele defende o retorno do controle de velocidade nas estradas brasileiras, para não haver sensação de impunidade. Para a professora do Departamento de Engenharia de Transportes da UFRJ, Marina Baltar, muitas vezes há críticas ao CTB por ele buscar a educação para o trânsito somente via punição financeira. “Mas a gente vê que é um resultado positivo quando se pensa em velocidade. O que termina funcionando é quando a gente implanta radar e nota que as pessoas passam a respeitar”, disse.

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