Comenda a Bolsonaro é retirada de pauta na Alba após protestos
Uma proposição do deputado estadual Diego Castro (PL) que visa conceder a Comenda 2 de Julho ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou sendo retirada de pauta, na tarde desta quarta-feira, 20, após protestos da bancada do governo Jerônimo Rodrigues (PT) na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
O presidente da Alba, deputado estadual Adolfo Menezes (PSD), chegou a anunciar a votação da proposta que concederia a principal honraria do legislativo baiano ao ex-presidente da República, que recebeu parecer positivo do relator Vitor Bonfim (PV), mas foi interrompido por protestos de parlamentares de esquerda.
“Essa personalidade que está sendo apresentada aqui, eu não posso permitir que seja votada sem o meu posicionamento contrário. Porque me posicionei contrariamente à sua posição como presidente da República, que mereceu do povo brasileiro o respeito. Foi um presidente que desrespeitou tudo que um ser humano pode ter”, criticou Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Alba.
Os deputados estaduais Robinson Almeida (PT) e Olívia Santana (PCdoB) também questionaram a Comenda, posteriormente, alegando que a tramitação do projeto não cumpriu o estabelecido por acordo na Casa, passando por uma aprovação prévia da Mesa Diretora.
Após os protestos, Diego Castro pediu a retirada do projeto da pauta, alegando que não haveria quórum suficiente para votar a Comenda 2 de Julho a Bolsonaro. Seria necessário haver ao menos 32 votos (50% dos parlamentares mais um), com voto favorável da maioria, para que a homenagem seja aprovada.
Nesta terça-feira, 19, a Alba chegou a aprovar a Comenda 2 de Julho para a esposa de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). A homenagem foi de autoria do deputado estadual Leandro de Jesus (PL) e foi aprovada com 22 votos a favor e 10 contrários, dentre 32 votantes. No momento, o painel do plenário apontava 57 parlamentares presentes.
Bolsonaro e Michelle são esperados para uma visita em Salvador no próximo mês de janeiro, abrindo a temporada de atuação política do bolsonarismo em 2024. Ainda não há data nem local para o ato, mas a tendência é que ele ocorra em espaço fechado, sem realização de motociata,