Deputados se movimentam para ocupar vaga no TCM  

Nesta semana, o conselheiro Fernando Vita renunciou à vice-presidência do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ele deve deixar o cargo na Corte até o dia 22 deste mês, quando completará 75 anos, se aposentando compulsoriamente. Durante a renúncia, Vita, que é jornalista e nascido em Santo Antônio de Jesus, afirmou que decidiu antecipar o afastamento para “não causar qualquer contratempo à administração da Casa”. A sua saída tem atiçado postulantes para ocupar a sua cadeira.  

A federação composta por PT, PCdoB e PV planeja reunir-se em dezembro para reduzir o número de candidatos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao TCM. As três siglas têm um total de cinco postulantes, incluindo três deputados estaduais: Paulo Rangel, Fabrício Falcão e Roberto Carlos, respectivamente. Outro nome da base de Jerônimo na Assembleia Legislativa da Bahia é o de Rogério Andrade, do MDB.   

Apesar de afirmar que não interferirá no processo, o chefe do Executivo baiano busca consolidar apenas um candidato da base para evitar oportunidades ao ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (Republicanos), que é cogitado pela oposição. Nilo, inclusive, já conta com o apoio público do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), que, em uma recente entrevista, assegurou: “Eu defendo que seja um parlamentar ou um ex-parlamentar, alguém que passou ou que está no parlamento. E é óbvio que Marcelo Nilo sendo candidato, terá, pelo menos da minha parte, total e integral apoio”.  

A vaga no TCM já é cobiçada por Nilo há um certo tempo. Este ano, os deputados escolheram Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para o Tribunal de Contas. A Assembleia tinha a prerrogativa de fazer a indicação, porém aceitou a pressão do ex-governador baiano para emplacar a enfermeira. Nilo, na ocasião, abriu mão de concorrer após um acordo firmado com o ex-deputado estadual Tom Araújo, que foi derrotado por Aline.  

Com confiança no voto secreto e respaldado pelo ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), Marcelo Nilo tem trabalhado nos bastidores da Assembleia Legislativa para se posicionar como candidato. Sem grandes obstáculos, é provável que ele assegure, dentro da própria bancada de oposição, o apoio mínimo de 13 deputados para a sua inscrição. Contudo, vale destacar, alguns dos que expressam apoio ao ex-deputado fazem o mesmo compromisso com outros concorrentes.  

Com o fim do ano próximo, e, com ele, o recesso parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia, a escolha sobre o nome que concorrerá à vaga ao TCM deve ser definida apenas em 2024.  

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