Rui Costa pode deixar Casa Civil e assumir a Petrobras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sinalizado a auxiliares que pretende fazer uma reforma ministerial mais ampla no início de 2024. Provavelmente em janeiro. As informações são do colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles. As mudanças devem atingir ministros do Palácio do Planalto. Entre eles, Rui Costa, também do PT, que pode ser transferido da Casa Civil para a presidência da Petrobras.

A administração de Rui tem recebido elogios no governo, enquanto a gestão de Prates está enfrentando críticas crescentes. Com essa mudança, o ex-governador baiano assumiria a estatal para lidar com as questões levantadas pelos partidários do governo.

De acordo com a publicação, a tendência, dizem auxiliares presidenciais, é de que a definição do sucessor de Flávio Dino (PSB) no Ministério da Justiça e Segurança Pública também entre no bojo da reforma de janeiro. O ministro, até lá, mesmo se sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) seja aprovada no Senado, segue na pasta até tomar posse na Corte.

Alguns especulam que Lula planeja realizar alterações nos ministérios da Defesa e dos Direitos Humanos, atualmente liderados por José Múcio e Silvio Almeida, respectivamente. Essa eventual reforma ministerial, de acordo com fontes do colunista, estaria alinhada à prática habitual de Lula de ajustar a direção do governo após o primeiro ano de gestão.

Controvérsias – Em junho deste ano, vale lembrar, deputados da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) promulgaram um ofício ao presidente Lula pedindo a demissão de Rui. Isso porque o ex-governador baiano chegou a descrever Brasília como uma “ilha da fantasia”. Ele também disse que a capital era a responsável pelo mal causado no país.

“Era melhor [a capital] ter ficado no Rio de Janeiro, ou ter ido para São Paulo, para Minas ou Bahia, para que quem fosse entrar em um prédio daquele, ou na Câmara dos Deputados ou Senado, passasse, antes de chegar no seu local de trabalho, em uma favela, embaixo de viaduto, com gente pedindo comida, vendo gente desempregada”, disse Rui, na ocasião, em um evento realizado no município de Itaberaba, na Bahia.

Posteriormente, Rui se desculpou diante da repercussão. “Ao citar Brasília como centro do poder político, não fui feliz nas minhas palavras, o que permitiu que alguns transformassem a minha declaração em um ataque à cidade ou ao seu povo”, escreveu Rui, em seu perfil no X, antigo Twitter.

Rui Costa também passou a ser alvo de críticas tanto de colegas da gestão do governo federal como de parlamentares no Congresso Nacional. As reclamações surgiram desde o estilo do ministro, considerado ríspido, e até a questões práticas, como a demora na autorização de nomeações de indicados para ocupar cargos na máquina federal. Ele, inclusive, já chegou a travar um embate com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Cotado para a Petrobras, Rui Costa, economista de formação, tem conhecimento do setor de óleo e gás porque começou a carreira no Polo Petroquímico de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, nos anos 80, quando se aproximou do hoje líder do governo no Senado, Jaques Wagner, seu principal padrinho na política.

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