Jequié: Sem arrodeios Cocá deixa claro que irá “peitar” o grupo de Jerônimo nas eleições de 2024
A hipótese alimentada ainda por poucos, sobre uma possível recondução do prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), ao grupo governista estadual, liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), nas eleições do próximo se torna cada dia menos provável e, caminha para o impossível apesar de velhos conhecedores da política afirmarem que, “em política, nada pode ser apontado como impossível”.
Nas suas costumeiras entrevistas nas emissoras de rádio da cidade, o prefeito não tem buscado artifícios para tentar esconder a sua pretensão de liderar o seu próprio grupo político, para disputar a reeleição, no pleito municipal do próximo ano.. O trânsito livre em nível estadual com o ex-candidato a governador ACM Neto (UB) e com o seu padrinho político, deputado João Leão (PP), são itens de fortalecimento às suas pretensões, somando-se a isso, o bom nível de aprovação da sua gestão.
Em entrevista a rádio 95 FM, na manhã desta sexta-feira, Cocá foi perguntado pelo repórter Elton Bispo, sobre seu posicionamento em relação ao deputado Euclides Fernandes (PT) e ele respondeu sem pestanejar distanciamento do parlamentar “que deve seguir ao lado do governador”, explicou. Em ato contínuo perguntado, sobre o apoio do vereador Ramon Fernandes (PDT), que lhe jurou “absoluta fidelidade”, em entrevista à rádio 89,7 FM, o prefeito de Jequié, respondeu que o vereador deve seguir o mesmo caminho do pai, deputado Euclides. Deixou claro que o sistema “um lá outro cada”, não desfruta de sua credibilidade. Esse mês inclusive, alguns cargos comissionados na prefeitura, indicados pelos Fernandes, foram exonerados.
Pelo observado, o caminho que trilhou em até 2020, quando conseguiu se eleger prefeito, contando na época após ter contado com apoio decisivo do então governador, ministro Rui Costa (PT) e seus liderados, ao que tudo indica, “ficou no passado sem nenhum sintoma de empatia, identificação ou arrependimento pelo afastamento que adotou em 2022, que muitos apontam como “traição”.
A pergunta que não cala diante do cenário observado até aqui na cidade: Qual será o posicionamento político para eleições de 2024, por parte de Jerônimo, demais lideranças petistas e aliados, para o enfrentamento municipal? Ou será que ainda é considerado muito cedo para uma tomada de posição?