Indicação de esposa para o TCM é imoral, afirma deputado Alan Sanches
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Líder da Oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado Alan Sanches (União Brasil) classificou como “imoral” a tentativa do ex-governador e atual ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) de colocar a esposa, a enfermeira Aline Peixoto, no cargo de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) com salário superior a R$ 40 mil.
“O homem público, quando assume cargos importantes, ele tem que utilizar esse poder constituído para ajudar as pessoas e não para buscar o seu crescimento pessoal e familiar. A vida do ser humano é norteada por princípios, e nossas ações na vida pública por princípios e por metodologia. O princípio moral não permite que eu utilize o poder público para o meu bem pessoal”, afirmou Sanches.
“Não tenho absolutamente nada contra a ex-primeira-dama, mas pessoalmente eu acho imoral indicar a esposa para um cargo vitalício, até os 75 anos de idade, com salário de R$ 41 mil, cuja maior prerrogativa é ser esposa do ex-governador e ministro da Casa Civil. Não faço juízo de valor sobre a pessoa da ex-primeira-dama, mas faço, sim, sobre os princípios que o atual ministro da Casa Civil esquece de usar”, pontuou o líder da oposição.
O parlamentar chamou atenção também para que sejam respeitados os critérios técnicos que a função de conselheiro de contas exige.
“Temos que pensar que existem requisitos que deverão ser preenchidos pelo candidato, como conhecimento da administração pública para saber lidar com as situações que vão aparecer. É preciso ter convívio com a gestão dos prefeitos e das câmaras de vereadores, pois um conselheiro é muito mais que um julgador, é um orientador. Hoje a candidata que o governo apresenta é enfermeira de formação”, advertiu.
“Você já pensou se os governadores ou ex-governadores começarem a indicar suas esposas, filhos ou maridos para esses cargos, onde iremos parar?”, questionou Alan Sanches.
Parafraseando uma passagem da Bíblia, o líder da oposição lembrou que há limite para usar o poder. “Como diz aquele versículo, ‘tudo eu posso, mas nem tudo me convém’”.
Fonte: Informe Baiano